Santa Lúcia promove comissão interna de captação e doação de órgãos e tecidos
Desde 2010, o Ministério da Saúde vem promovendo campanhas de doação de órgãos com o principal propósito de disseminar informação sobre a doação e potencializar o número de transplantes. A quantidade de doadores de órgãos passou de 2.207 (2011) para 2.434 (2012), um crescimento superior à meta de 2% estabelecida pelo Ministério no primeiro ano. O Santa Lúcia apoia essa iniciativa e, desde o ano passado, instituiu a Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Transplante de Tecidos (CIHDOTT), responsável pelo rastreamento de potenciais doadores dentro da instituição.
Os principais objetivos da comissão são avaliar a capacidade do Hospital na detecção de potenciais doadores e promover a integração entre as unidades de internação que dispõem de recursos diagnósticos necessários para atender os casos. Outra iniciativa é a educação continuada dos seus funcionários a respeito dos aspectos que envolvem a doação.
Dentre as principais atividades está a captação interna de órgãos, analisada e levantada por meio de visitas às Unidades Assistenciais (internação e unidades de terapia intensiva). Em caso de potenciais doadores, a Central de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos (CNCDO) — ligada à Secretaria de Saúde do Distrito Federal — é notificada e o Hospital inicia seu protocolo de captação.
Atualmente, o Santa Lúcia está credenciado a realizar diversos tipos de procedimentos, como transplantes de medula óssea, válvulas cardíacas, rim entre doadores vivos e captação de coração e fígado e, desde 2012, está apto para transplantes de células musculoesquelético.
De acordo com a Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO), até junho desse ano foram registradas 1.273 doações efetivas em todo o território nacional. A Gerente de Práticas Assistenciais do Grupo Santa Lúcia, Dárcia Lima e Silva, analisa os dados positivamente, indicando que esse número pode ser ainda maior, com mais de duas mil doações. “Um fator importante é que o número de potenciais doadores é quatro vezes maior que o número de doadores efetivos no Brasil, então, o desafio está na conscientização das famílias quanto à real importância dos transplantes”, ressalta.
Para que uma pessoa seja doadora, são realizados diversos exames laboratoriais e de imagem a fim de confirmar se ela se enquadra no protocolo exigido, além da necessidade de autorização da família para o procedimento. Nos casos em que o possível doador esteja internado em unidade privada, após a autorização da doação, a responsabilidade sobre o pagamento dos serviços de saúde é voltada para o SUS, sem ônus para a família ou operadora de saúde. Anualmente, o dia 27 de setembro é celebrado o Dia Nacional de Doação de Órgãos e Tecidos.