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13 de March de 2019

O que é a leucemia linfocítica crônica e como conviver com ela

A leucemia linfocítica é uma doença caracterizada pela fabricação de linfócitos – células que em condições normais são fabricados na medula óssea e circulam no sangue, formando parte dos glóbulos brancos – anormais. Em sua forma crônica (LLC), ela é predominante em células maduras e acontece com maior frequência em homens e mulheres a partir dos 70 anos.

 

Em estágios iniciais, os pacientes com LLC podem não precisar de tratamento imediato, já que a doença costuma evoluir mais lentamente do que a leucemia linfocítica aguda (LLA) – forma mais grave de câncer no sangue, formada por células jovens anômalas e que pode se apresentar em qualquer fase da vida, sendo mais frequente em crianças.

 

“No início, a LLC tem pouca agressividade e não oferece um risco elevado de mortalidade. Cerca de 80% dos casos são diagnosticados sem sintomas. Todavia, os pacientes com leucemia linfocítica crônica apresentam maior probabilidade de desenvolver outros tumores do que pessoas sem a doença na mesma faixa etária. Quando em estágio mais avançado, aí, sim aumenta o risco de mortalidade”, explica o hematologista Breno Gusmão, coordenador da Hematologia do Centro de Oncologia do Hospital Santa Lúcia.

 

Apesar de alguns estudos demonstrarem um risco 5% maior de desenvolver a doença quando o indivíduo já tem um caso na família de primeiro grau, não existem fatores ambientais claramente associados à LLC. Por isso, não é possível adotar medidas preventivas específicas.

SINTOMAS E DIAGNÓSTICO – Quando o paciente apresenta sintomas, eles costumam ser cansaço, linfonodomegalias (aumento em tamanho e número dos linfonodos simétricos e bilaterais), sintomas B (febre, perda de 10% do peso em menos de 6 meses e sudorese noturna),  síndrome anêmica (palidez e cansaço), petéquias (manchinhas vermelhas na pele causadas pelo baixo número de plaquetas no sangue), e infecções recorrentes.
“A LLC pode ser diagnosticada pela avaliação de linfocitose no exames de sangue. A técnica identifica um aumento das cifras de linfócitos na corrente sanguínea. Quando necessário, o médico pode solicitar a biópsia de algum linfonodo de aspecto doente”, detalha o especialista. “Normalmente, 70% dos são diagnosticados em fases iniciais”, acrescenta.

 

TRATAMENTOS – Como seu nome indica, a LLC é crônica e não tem cura. Apesar disso, atualmente é possível contar com um arsenal de opções de tratamento seguros e eficazes para conviver com a doença. “Com a incorporação de novas drogas para o tratamento da LLC, hoje em dia usamos menos a estratégia do transplante de medula”, ressalta o hematologista Breno Gusmão.

 

Também pelo seu aspecto crônico, a doença demanda que os pacientes façam acompanhamento contínuo com um hematologista. Quando em tratamento, a visita ao médico é periódica e frequente. Já quando a doença está sob controle e em remissão, a frequência de visitas diminui. “No Santa Lúcia dispomos de toda a estrutura de diagnóstico e tratamento para todos os tipos e formas de agressividade da leucemia, com equipamentos de última geração e equipes multidisciplinares altamente especializadas”, finaliza.