Higienizar as mãos pode salvar vidas
Uma medida simples para se evitar infecções
Em todo o mundo, vírus, bactérias e diversos microrganismos são transmitidos através do toque das mãos. Higienizá-las é importante para minimizar os riscos à saúde. Nos hospitais, o hábito promove uma maior segurança do paciente, com redução no numero de complicações infecciosas.
As mãos são a principal ferramenta de trabalho dos profissionais de saúde, utilizadas como executoras das atividades de cuidado com o paciente. Segundo Marlene Carrara enfermeira-supervisora do Núcleo de Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde do hospital, higienizar as mãos em ambiente hospitalar impede a transmissão de microrganismos, objetivo crucial durante a internação do paciente. “A higienização das mãos é considerada a medida de maior impacto e comprovada eficácia na prevenção das infecções. Estudos mostram que uma maior adesão às práticas de higienização está associada a uma redução nas taxas das infecções em serviços de saúde”, alerta.
A família tem importante papel no tratamento do paciente. Este ano, a Organização Mundial da Saúde (OMS) pretende ampliar a campanha de higiene das mãos aos familiares e visitantes em ambiente hospitalar. O lema criado em 2009, Salve Vidas: lave as suas mãos, retorna esse ano para valorizar a higiene nas rotinas. Segundo Carrara, algumas medidas como higienizar as mãos antes e após estar com o paciente, e o mesmo dos profissionais de saúde são auxiliares no combate às infecções. “Os microrganismos são amplamente disseminados no ambiente de serviço de saúde. As roupas de cama, os móveis, aparelhos de assistência e outros objetos próximos ao paciente se contaminam com os microrganismos”, informa.
Álcool gel X água e sabão
Em ambientes hospitalares se recomenda o uso constante de álcool gel 70%, devido à sua excelente atividade bactericida e fungicida. Contudo, a recomendação se aplica nos casos em que não haja sujidade visível nas mãos, tais como sangue, urina, fezes, escarro cujo melhor método é o uso de água e sabão. De acordo com Dárcia Lima, gerente de enfermagem do hospital, as preparações alcoólicas não são apropriadas quando as mãos estiverem visivelmente sujas ou contaminadas com material protéico.
Produtos alcoólicos são mais eficazes nas rotinas dos profissionais de saúde quando comparados aos sabonetes comuns ou sabonetes associados a anti-sépticos. “Soluções alcoólicas entre 60 a 80% são mais efetivas. Contudo, concentrações mais altas são menos potentes, pois as proteínas não se desnaturam com facilidade na ausência de água”, sinaliza.
A higienização das mãos é uma conduta indicada mundialmente. Seus benefícios vão além da rotina hospitalar, propiciando a diminuição de riscos durante épocas de epidemias. “As vantagens desta prática são inquestionáveis, desde a redução da morbidade e mortalidade dos pacientes até a redução de custos associados ao tratamento dos quadros infecciosos”, finaliza Lima.