Colesterol, um vilão misterioso
No Dia Nacional de Combate ao Colesterol, 08 de agosto, nada mais apropriado do que lembrar a gravidade do problema que, segundo o Ministério da Saúde, causa em média 800 mil mortes por ano no Brasil. A importância da data se deve à íntima relação do colesterol com doenças cardiovasculares, tais como infartos e acidentes vasculares cerebrais, além de potencializar problemas como hipertensão, obesidade e diabetes.
O colesterol é um tipo de gordura que está presente naturalmente no corpo humano, podendo ser subdividido em High Density Lipoprotein (HDL), Low Density Lipoprotein (LDL) e triglicerídios. O primeiro é conhecido como colesterol bom e seus índices elevados se associam à baixa incidência de doenças cardiovasculares, pois consegue levar a gordura depositada nos vasos sanguíneos para o fígado para ser, então, metabolizada — ou seja, gasta.
Já o LDL e os triglicerídeos, considerados como tipos ruins, são responsáveis pela formação das placas que obstruem as artérias e podem levar ao infarto ou ao derrame. Dessa forma, o nível muito alto de colesterol ruim pode ocasionar danos às paredes dos vasos sanguíneos arteriais e arteriosclerose. “Geralmente, o colesterol é geneticamente determinado, mas sofre influência positiva de atitudes saudáveis, como prática de atividade física e perda de peso”, explica o endocrinologista Luís Augusto de Bianchi.
Normalmente não há sinais ou sintomas que indiquem se o colesterol está alto ou não, por isso é necessário que, a partir da vida adulta — cerca de 20 anos de idade —, as pessoas se submetam a exames de sangue para diagnóstico e tratamento a cada três a cinco anos. Para saber se os indivíduos têm predisposição genética, é importante que seja observado, na família, quem tem colesterol alto, obesidade ou doença cardiovascular. Caso alguém tenha, é recomendável prevenir-se desde cedo. Na detecção de algum desses sintomas, procure o médico.
A prevenção ainda é a melhor maneira de evitar problemas ocorridos com o aumento do colesterol ruim no organismo. Dr. Bianchi enfatiza que uma dieta equilibrada, à base de alimentos específicos e exercícios físicos, também ajuda na diminuição dos níveis de LDL, aumenta os níveis de HDL e melhora a saúde como um todo. Segundo o especialista, também é muito importante procurar a ajuda de um profissional para saber como complementar os cuidados para controlar o nível de LDL no organismo.