Alimentação saudável, exposição adequada ao sol e exercícios físicos minimizam risco de osteoporose
Alimentação saudável, exposição adequada ao sol e exercícios físicos minimizam risco de oesteoporose
A osteoporose é um transtorno ósseo metabólico em que o tecido ósseo falha, tornando o osso cada vez mais frágil e levando a um risco crescente de fratura. A osteoporose — e a osteopenia, que se refere à baixa densidade óssea em geral — pode afetar pessoas de todas as idades.
É uma “doença silenciosa”, uma vez que não há sinais de alerta ou sintomas até ocorrerem fraturas. As mais comuns são as de vértebras e do quadril. Os riscos de osteoporose não são relegados exclusivamente a mulheres: os homens representam 20% de todos os casos.
De acordo com Marcelo Ferrer, ortopedista e cirurgião do Hospital Santa Lúcia, membro titular da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia e especialista em osteoporose, a alimentação é um dos principais fatores de prevenção da doença.
“Ingerir alimentos fontes de cálcio como o leite e seus derivados, a exemplo do queijo, é essencial para a prevenção da osteoporose. Há ainda a vitamina D, que também é importante para evitar esse problema de saúde”, explica.
Segundo o médico, outras medidas podem ajudar a evitar e a tratar a perda óssea. “É necessário manter a vitamina D, e uma de suas fontes é o sol, mas com exposição moderada. Outro ponto importante é a atividade física, que faz com que os ossos se tornem mais fortes. Vemos que pessoas sedentárias são as que mais sofrem com a osteoporose”, destaca.
FATORES DE RISCO E SINTOMAS – Eventualmente, todos as pessoas teriam osteoporose se vivessem o suficiente para isso. Mas dois grupos apresentam maior risco: mulheres após a menopausa, principalmente caucasianas ou asiáticas; e pessoas em tratamento com medicamentos glicocorticoides ou esteroides, como a prednisona.
Nos estágios iniciais da osteoporose, a perda de massa óssea é totalmente assintomática. Com a evolução da doença e o surgimento de alterações clínicas no paciente, pode-se observar a diminuição da sua estatura e aumento da cifose dorsal, com deformidades causadas pela compressão dos ossos ou microfratura das vértebras.
DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO – Para o diagnóstico correto da osteoporose, é necessário conhecer o histórico de saúde do paciente e realizar um bom exame clínico, em que são avaliados dados sobre a sua história familiar, perda de altura, baixa ingestão de cálcio na infância, sedentarismo, menopausa precoce, uso de determinadas medicações e existência de doenças associadas.
Após essa abordagem, utilizam-se exames complementares — como a densitometria óssea, raios X, tomografia computadorizada e marcadores biológicos do metabolismo ósseo — que podem determinar a massa óssea e as possíveis causas de sua diminuição. O exame de densitometria óssea permite medir a densidade do osso com alto grau de precisão e acurácia, sendo a coluna vertebral e o fêmur proximal as áreas mais importantes em termos de fraturas relacionadas à osteoporose.
Quando confirmada, a osteoporose pode ser tratada com o uso de medicamentos específicos para aumentar a absorção do cálcio e sua deposição nos ossos, além da suplementação de cálcio e vitamina D, indispensável nesse processo. No Hospital Santa Lúcia, o paciente por realizar todos exames necessários para o diagnóstico e acompanhamento da doença, além de contar com um corpo clínico extremamente capacitado.