Cabeça e Pescoço
Os tumores malignos de cabeça e pescoço correspondem a cerca de 5% dos casos novos de câncer no Brasil e compreendem tumores da região da boca, nariz, faringe, laringe, seios da face, tireoide e outras estruturas da região cervical. O mais frequente são os tumores da cavidade oral, responsáveis por cerca de 11 mil casos em homens em 2016, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA). A mortalidade varia de acordo com o local e estadiamento da lesão. Há boa chance de cura para tumores menos avançados e com tratamento multidisciplinar adequado.
Quais são as principais causas e fatores de risco deste tipo de câncer?
Para os tumores escamosos, os principais fatores de risco são tabagismo, álcool, exposição solar na região da pele e inflamações crônicas na cabeça e no pescoço. Há também aumento da incidência de casos relacionados ao vírus HPV, que acomete pacientes mais jovens por exposição ao vírus através do sexo oral.
A prevenção é fundamental, e o cigarro e bebida são fatores que devem ser reduzidos para diminuir a chance de desenvolver cânceres nesta região. A vacina do HPV é outro ponto promissor na prevenção de tumores relacionados na população mais jovem (antes do início da vida sexual). Feridas ou inflamações crônicas na região da boca e garganta, rouquidão persistente e qualquer alteração que não seja habitual e dure mais de duas semanas devem ser checadas por profissionais de saúde para avaliação precoce. O medo da possibilidade de câncer tem levado algumas pessoas a postergar a procura por profissionais, o que acaba por reduzir as chances de cura, com tratamentos na maioria das vezes mais mutilantes e agressivos.
Quais são os subtipos deste câncer?
Há um predomínio do subtipo histológico de carcinoma de células escamosas ou epidermoide. Porém, menos frequentemente, há carcinomas de outros subtipos, como sarcomas, linfomas e melanomas.
Como é feito o seu diagnóstico?
O diagnóstico é feito por biópsia, por equipe de médicos cirurgiões, dentistas ou radiologistas com experiência na coleta do material, que é visto pelo patologista para diagnóstico histopatológico e/ ou imuno-histoquímico, que confirma o resultado.
Quais são os principais tratamentos para a doença?
Quando a doença está localizada, o principal tratamento é a cirurgia. Mas, dependendo do caso, é recomendável quimioterapia e/ ou radioterapia adicionais. Em casos mais avançados, o tratamento é com quimioterapia associada ou não à radioterapia.
O Hospital Santa Lúcia tem um excelente time de profissionais que realiza reuniões multidisciplinares para debater os casos, a fim de alcançar as melhores estratégias para cada paciente, buscando sempre um tratamento humanizado e individualizado. A instituição conta ainda com uma excelente equipe de Enfermagem, Nutrição, Fisioterapia, Odontologia e Psicologia para melhor atender as pacientes com tumores de cabeça e pescoço.