Santa Lúcia realiza transplante renal simultaneamente
A cirurgia é realizada em salas interligadas, com a equipe de Urologia atuando simultaneamente junto ao doador e receptor
Os rins são órgãos vitais para um ser humano. Eles são responsáveis por limpar o corpo: filtram os resíduos, toxinas e fluidos excedentes do sangue. Essas impurezas são eliminadas do organismo por meio da urina que os rins produzem. Um mau funcionamento deste órgão causa doença renal crônica (alteração da função dos rins), ocasionando uma dependência de terapia dialítica ou nos casos mais graves, transplante renal.
A diálise é um processo artificial que substituí as funções dos rins e é muito eficiente. No entanto, o transplante renal oferece aos pacientes em diálise a chance de uma maior independência e melhor qualidade de vida. A pessoa submetida a um transplante dos rins será capaz de voltar a ter uma dieta normal, praticar exercícios e ter uma rotina restabelecida.
Em tempos modernos, o transplante renal é realizado por laparoscopia – cirurgia minimamente invasiva realizada por vídeos, que possibilita ao doador vivo uma recuperação mais ágil, devido ao pequeno campo de corte. “A cirurgia é realizada no centro cirúrgico, junto à equipe de Urologia atuando simultaneamente no doador e no receptor em salas interligadas, possibilitando maior segurança aos pacientes”, explica a nefrologista Maria Letícia Cascelli de Azevedo Reis.
Nos primeiros meses após o transplante, o paciente precisa seguir uma série de orientações médicas que envolvem o tratamento com medicamento imunossupressor, consultas e exames periódicos, dieta, atenção aos sinais vitais e ao peso, e evitar aglomerações para não correr o risco de contrair uma infecção. “Com a cirurgia bem sucedida, o paciente retorna às suas atividades habituais sem a necessidade de recorrer ao tratamento de diálise”, finaliza a nefrologista.
O Hospital conta com uma equipe médica qualificada, compostas por nefrologistas e urologistas conceituados, que utilizam de unidades multidisciplinares (centro cirúrgico, Unidade de Terapia intensiva (UTI), laboratório, imagem e paramédicos). Além de contar com uma Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Transplante de Tecidos (CIHDOTT) , que é responsável por analisar e levantar potenciais doadores.