Sal: hipertensão e outras doenças
Inimigo dos hipertensos, ele também contribui para o surgimento de outras enfermidades
O sódio é um dos principais componentes do sal de cozinha e é encontrado em boa parte dos alimentos. É nutriente essencial para o nosso organismo, pois ajuda a regular a quantidade de água e fluidos corporais, como o próprio sangue. Além disso, age na condução dos estímulos nervosos e na contração muscular. Na alimentação, ele é responsável pelo sabor da comida e ainda ajuda na conservação de vários alimentos — a carne de sol e o bacalhau são os exemplos mais conhecidos dos brasileiros.
O problema é que muitas vezes comemos sal demais e não nos damos conta dos problemas que isso representa. O Dr. Fausto Stauffer, cardiologista, explica que quanto mais sódio houver no organismo, maior será necessidade de água. Por isso bebemos muita água quando comemos algo muito salgado: para que nosso corpo dilua o sal e equilibre o metabolismo.
O processo influencia o volume de sangue, provocando o aumento da hipertensão, que é a pressão sanguínea nas artérias e veias. “Como os indivíduos hipertensos têm um risco maior de desenvolvimento de doenças cardiovasculares, ficam mais propensos a infartos agudos do miocárdio, acidentes vasculares cerebrais (AVCs) e doenças renais”, acrescenta o cardiologista.
De acordo com o Guia Alimentar para a População Brasileira, elaborado pelo Ministério da Saúde, devemos consumir no máximo 5g de sal por dia (uma colher de chá), o que é equivalente a 1,7g de sódio. Mas segundo o IBGE, o brasileiro consome, em média, 12g por dia.
Tentando reverter o quadro, o Ministério e a Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação (ABIA) fecharam acordo para reduzir a quantidade de sódio em vários alimentos. A meta é retirar, até 2020, quase nove mil toneladas de sódio de produtos como temperos, caldos, cereais matinais e margarina.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) lembra que diminuir a quantidade de sal na alimentação pode evitar o surgimento da hipertensão. Já quem sofre de pressão alta deve combater o problema parando de fumar, cuidando da alimentação e praticando exercícios físicos regularmente. Esses novos hábitos ajudam a baixar a pressão arterial entre 2–8mmHg. Além disso, é importante procurar o médico para acompanhamento constante da saúde.