Risco de doenças cardiovasculares aumenta após a menopausa
Segundo a Organização Mundial de Saúde, as doenças cardiovasculares são responsáveis por 1/3 de todas as mortes de mulheres no mundo, o equivalente a cerca de 8,5 milhões de óbitos por ano — mais de 23 mil por dia. Em mulheres na menopausa, o risco de doenças cardiovasculares aumenta consideravelmente.
Isso porque, além de possuírem artérias de menor calibre quando comparadas aos homens — o que faz com que placas de gordura (aterosclerose) obstruam os vasos sanguíneos com mais facilidade —, a chegada da menopausa diminui a produção de estrogênio, hormônio que tem função vasodilatadora e que ajuda a evitar o acúmulo do LDL, o colesterol ruim, e a facilitar a produção do HDL, o colesterol bom.
“Por essas e outras razões, após a menopausa a mulher deve ter uma rotina de acompanhamento médico mais próximo, inclusive pelo risco aumentado de comorbidades. Ela precisa fazer avaliações cardíacas mais frequentes, além de avaliações ginecológicas e clínicas completas”, explica a médica geriatra do Hospital Santa Lúcia Sul, Priscilla Mussi.
De acordo com ela, mulheres de todas as idades correm mais riscos de sofrer um acidente vascular cerebral (AVC) do que os homens e, por isso, devem estar sempre atentas ao controle de sua pressão arterial, de acordo com as novas recomendações da Associação Norte-Americana do Coração.
Dados do Ministério da Saúde apontam que as doenças cardiovasculares já são a principal causa de morte entre as mulheres. Cerca de 20 mil óbitos são causados por problemas cardiovasculares graves. A 1ª posição neste ranking é ocupada pelo AVC — as mulheres apresentam mais fatores de risco para esta doença como enxaquecas, depressão, diabetes e arritmia cardíaca — e a 2ª pelo infarto.