Risco de cálculos renais aumenta nos meses mais quentes do ano
Com a chegada dos meses mais secos do ano em Brasília — maio a setembro — aumenta a necessidade de hidratar ainda mais o organismo para evitar os cálculos renais. As chamadas “pedras nos rins” são formadas quando a urina apresenta quantidades maiores que o normal de determinadas substâncias, como cálcio, oxalato e ácido úrico, que podem formar pequenos cristais no órgão e também em outras partes do sistema urinário. Estudos indicam que o risco de cálculos renais diminui em até 40% quando o indivíduo elimina pelo menos 2,5 litros de urina por dia. Nos meses mais quentes, a quantidade de urina expelida diminui naturalmente e, por isso, é preciso aumentar a ingestão de água. “Os cálculos surgem quando há alta concentração de certas substâncias e/ou quantidade insuficiente de inibidores urinários para evitar que esses elas se cristalizem”, explica a nefrologista do Hospital Santa Lúcia, Maria Letícia Reis. As principais recomendações são diminuir a ingestão de proteína animal e sal, além de aumentar o consumo de vegetais e frutas. Exercícios físicos moderados podem diminuir o risco de cálculos renais em até 31%, desde que realizados sob adequada hidratação. O sintoma mais comum das pedras nos rins é a cólica renal, que, na maioria das vezes, começa repentinamente e provoca dores muito intensas, náuseas, vômitos e sangramento pela urina. Esses sintomas podem ser confundidos com os de outras doenças, como apendicite e problemas nos ovários. Por isso, o diagnóstico preciso é fundamental. “Exames de imagem, como tomografia computadorizada helicoidal sem contraste ou ultrassonografia de abdome, além de investigação metabólica por meio de exames de sangue e urina, são essenciais para a condução do melhor tratamento”, informa a médica.