Por que o atendimento rápido é fundamental para pacientes com AVC isquêmico?
Passar pela avaliação médica correta e receber o atendimento necessário em até 4 horas após os primeiros sintomas pode fazer toda a diferença na recuperação de pacientes que sofreram um acidente vascular cerebral isquêmico (AVCi), doença caracterizada pela interrupção do fluxo sanguíneo nos vasos cerebrais devido a uma obstrução.
Isso ocorre porque, dentro deste intervalo de tempo, a equipe médica tem condições de avaliar a possibilidade de realizar o tratamento clínico, chamado de trombólise endovenosa, e/ou cirúrgico, conhecido como trombectomia mecânica, para liberar o fluxo de sangue novamente.
Segundo o neurocirurgião do Hospital Santa Lúcia, Ivan Ferreira, os principais sintomas de que uma pessoa pode estar sofrendo um AVCi incluem perda da força em um dos lados do corpo, boca torta, dificuldade para falar e alteração na visão. “Caso esse paciente seja avaliado nas primeiras 4 horas do início desses sintomas, ele pode ficar com menos sequelas”, explica o especialista. Após este período, a realização do procedimento pode aumentar o risco de sangramento do vaso sanguíneo entupido e demandar a internação em UTI, por exemplo.
ATENDIMENTO – Para atender de modo adequado um paciente com AVCi, o Santa Lúcia dispõe de equipe capacitada e disponível 24 horas para identificação precoce e atendimento ágil dos casos. A partir do momento em que o paciente chega ao Hospital e a triagem identifica o caso como possível AVC, ele é atendido por um médico, que solicita os exames necessários ao diagnóstico preciso.
Neste processo, as equipes da Radiologia e Neurologia são acionadas e o paciente é submetido a exames de tomografia e/ou ressonância e, quando identificado o AVC, encaminhado para procedimentos emergenciais na Hemodinâmica ou Centro Cirúrgico, a depender do caso.
O Hospital Santa Lúcia possui três aparelhos de ressonância e outros três de tomografia, todos de última geração, o que aumenta a precisão dos diagnósticos e evita demora no atendimento. Quando o acidente vascular cerebral é confirmado, existem duas opções, a depender do tamanho do vaso ocluído, da gravidade do caso e das comorbidades do paciente.
“Quando a artéria ocluída é grande, o paciente é levado para a Hemodinâmica, onde é submetido a um tipo de cateterismo para extrair o coágulo da artéria. Quando a oclusão é em artérias menores, utilizamos uma medicação venosa na tentativa de dissolver o coágulo”, detalha Ivan Ferreira.