Mulheres acima dos 50 anos apresentam mais risco de desenvolver câncer de mama
O aumento da expectativa de vida — que no Brasil ultrapassa os 75 anos, segundo o IBGE — está diretamente relacionado ao aumento dos casos de câncer de mama, segundo tipo mais comum entre as mulheres em todo o mundo, especialmente aquelas acima de 50 anos.
Dados do Instituto Nacional de Câncer revelam que os tumores na mama respondem por cerca de 29% dos novos casos em pessoas do sexo feminino a cada ano. Estatísticas indicam aumento da sua incidência tanto nos países desenvolvidos quanto nos em desenvolvimento.
De acordo com a oncologista do Hospital Santa Lúcia, Patrícia Schorn, além da idade, o câncer de mama tem como causa principal o histórico familiar, além de fatores externos como a ingestão elevada de álcool, obesidade, sedentarismo e a exposição a substâncias carcinogênicas, como os corantes e conservantes presentes na alimentação.
Por isso, é fundamental manter uma alimentação natural, praticar atividades físicas regularmente e evitar a ingestão de álcool e tabaco. O histórico familiar da doença, a ausência de filhos (nuliparidade) ou o fato de não ter amamentado também são importantes fatores de risco para a doença.
DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO – Anualmente, mulheres a partir de 35 anos de idade que apresentem fatores de risco devem procurar um ginecologista ou um mastologista para realizar exames clínicos e mamografia. Para as que não apresentam estes fatores, o ideal é iniciar estes exames a partir dos 40 anos.
“Além da mamografia, o especialista também pode pedir uma ultrassonografia mamária e uma ressonância nuclear magnética das mamas, exames complementares que podem ser importantes em alguns casos”, ressalta Schorn, ao lembrar que, mesmo que relativamente raro em mulheres com menos de 35 anos, o câncer de mama tem atingido cada vez mais aquelas abaixo dos 40 anos.