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21 de March de 2015

Doença renal crônica afeta cerca de 15 milhões de brasileiros

Para funcionar bem, o corpo humano precisa eliminar toxinas e manter equilibrados no organismo os níveis de água e eletrólitos, substâncias fundamentais às funções celulares. Mas os rins de 10% dos brasileiros adultos — cerca de 15 milhões de pessoas — não conseguem fazer isso plenamente. À redução ou perda das funções renais dá-se o nome de doença renal crônica (DRC). A enfermidade se divide em cinco estágios, que vão do acometimento discreto à falência do órgão. “No estágio 1 da doença, a função renal ainda é considerada normal, mas já pode haver perda de proteínas e/ou sangue pela urina. No estágio 2, o paciente — embora totalmente assintomático — já apresenta elevação de creatinina e ureia no sangue. No estágio 3 da DRC, ele já apresenta anemia. A partir do estágio 4, há diminuição do apetite, emagrecimento, pele amarelada, náuseas e vômitos e no 5 há a necessidade de diálise ou transplante”, detalha o nefrologista do Hospital Santa Lúcia, Evandro Reis. A DRC atinge mais homens, especialmente a partir dos 40 anos. A hipertensão arterial e o diabetes são as principais causas para seu desenvolvimento, que costuma evoluir de modo silencioso. Colesterol elevado, tabagismo, sedentarismo e obesidade são importantes fatores de risco. O diagnóstico e controle precoce das causas mais frequentes, a prática regular de atividade física e o controle do peso a partir de uma dieta equilibrada com pouco sal, gorduras, doces e massas são fundamentais. Beber pelo menos dois litros de água por dia, não fumar e evitar — ou pelo menos reduzir — o consumo de bebidas alcoólicas também é muito importante”, avalia Evandro Reis. Fazer exames periódicos de sangue (ureia e creatinina) e urina (EAS) é uma das recomendações mais eficazes para detectar um possível dano renal, permitir o diagnóstico precoce e início do tratamento para estacionar ou retardar a progressão da doença.