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10 de July de 2018

Diabetes tipo 1 atinge crianças e jovens adultos com maior frequência

O ator José Loreto, de 34 anos, convive com o diabetes tipo 1 há mais de duas décadas e, recentemente, foi notícia em diversos veículos de comunicação por causa dos conteúdos relacionados ao assunto que compartilha em suas redes sociais. Assim como ele, milhares de brasileiros são vítimas da doença, caracterizada pela total incapacidade do pâncreas em produzir insulina, o que impede a absorção da glicose pelas células do organismo.

O diabetes tipo 1 é uma doença autoimune e, diferente do tipo 2, sua origem não está associada a questões como excesso de peso, má alimentação ou sedentarismo. Todavia esses fatores de risco são importantes para o seu agravamento. Por isso, hábitos saudáveis de vida são fundamentais para o seu controle.

“Em sua apresentação mais leve, o diabetes tipo 1 é praticamente assintomático e detectado apenas em exames periódicos de sangue (glicemia). Em estágios médios e avançados, os sintomas tendem a se tornar evidentes e incluem a necessidade de tomar água várias vezes (polidipsia), o excesso de apetite (polifagia), a vontade de ir ao banheiro com muita frequência (poliúria), cansaço físico excessivo e feridas que não cicatrizam”, explica o cardiologista do Hospital Santa Lúcia, Lázaro Miranda.

A história clínica do paciente associada a análises sanguíneas laboratoriais — principalmente pela verificação da glicemia de jejum, glicemia pós-prandial e dosagem sanguínea de hemoglobina glicosilada — são as principais fontes de informação para o diagnóstico do diabetes, independentemente do tipo. Como se trata de uma doença degenerativa e progressiva, quanto mais precoce e efetivo for o seu diagnóstico e acompanhamento, melhor será o prognóstico.

O diabetes tipo 1 compromete, de forma geral, crianças e adultos jovens, o que faz com que o acompanhamento dos pais e responsáveis seja indispensável. “Os cuidadores são essenciais para que a criança ou jovem se alimente de forma apropriada, na administração continuada das medicações, na avaliação de sintomas de descompensação e/ ou hipoglicemias, caso surjam lesões nas extremidades (pés e mãos) e outras feridas, bem como para a fidelização do paciente a grupos de apoio e tratamento de diabéticos”, alerta o especialista.

TRATAMENTO – O excesso de glicose circulante no organismo pode causar o coma hiperglicêmico ou cetoacidótico, cuja consequência pode ser a morte. “Por isso, o tratamento é vital, não existe meio termo. Ninguém vive muito tempo sem insulina, pois a glicose circulante não penetrará nas células, onde ela é transformada em energia para as mais variadas funções do organismo”, detalha Lázaro Miranda.

O diabetes tipo 1 não tem cura e, por isso, o tratamento à base de insulina e de hábitos saudáveis — dieta e prática regular de atividades físicas — é necessário durante toda a vida do paciente. “Também é importante combater possíveis infecções, já que elas são um fator relevante de descompensação do diabetes. Outra medida necessária é tomar vacinas como as que previnem a influenza e pneumonias, por exemplo”, resume o médico.

ATENDIMENTO NO SANTA LÚCIA – O diabetes é um importante fator de risco para o aparecimento e progressão da aterosclerose (obstrução das artérias pelo acúmulo de gordura), o que frequentemente leva a problemas graves, como infarto agudo do miocárdio (IAM), acidente vascular cerebral (AVC) isquêmico ou hemorrágico, insuficiência renal, necrose e amputação de membros.

Para evitar que isso ocorra, a Emergência 24h do Hospital Santa Lúcia possui corpo clínico multidisciplinar experiente e capacitado para atender às complicações provocadas pelo diabetes, com exames de alta tecnologia para o diagnóstico e tratamento da doença e suas possíveis consequências.

Os pacientes diabéticos internados contam com assistência contínua de nutricionistas e médicos nutrólogos e, ambulatoriamente, o Hospital dispõe de consultório especializado com profissionais qualificados nas áreas de Endocrinologia e Nutrição. Há protocolos específicos para casos mais graves, como os de Dor Torácica, AVC, Sepse e Urgências Vasculares (Aorta e Periféricas), que asseguram atendimento rápido, humanizado e integrado a todos os pacientes.