Dia nacional de doação de órgãos comemora aumento do número de transplantes no Brasil

DF apresenta crescimento de 76% no número de transplantes

Um ano após massiva campanha de doação de órgãos, o Ministério da Saúde colhe os frutos da conscientização da população. Em Brasília o índice de transplantes realizados  foi 76% maior do que no ano anterior, somente para o primeiro semestre, com 333 transplantes de rim, fígado, coração e córnea. Em 2011 foram registrados 189 transplantes no mesmo período de apuração no DF. A projeção do Ministério é aumentar em 2% este número a cada ano. Os hospitais particulares participam desta meta. O Santa Lúcia voltou a realizar, este ano, transplante autólogo de medula óssea.

Quando a morte encefálica é constatada pela equipe médica, processo que se inicia em exames clínicos e físicos realizados por três profissionais médicos, a Central de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos (CNCDO), ligada à Secretaria de Saúde do estado, é sinalizada. No Distrito Federal a Central de Transplantes realiza procedimentos de doação para córneas, rins, coração e, desde o início do ano, para pulmão. Para se tornar um doador de órgãos e tecidos, é importante informar seus familiares e amigos sobre sua decisão. O possível doador somente se torna efetivo após a autorização de familiares.

O número de pessoas transplantadas no Brasil vem aumentando com o passar das campanhas, reflexo da disseminação de informação sobre a doação para a população. Durante os últimos dois anos, o número de transplantes saltou de 10.150 em 2010, para 12.342 em 2011. Todo o processo de captação e distribuição de órgãos é feito pelo Sistema Único de Saúde (SUS), inclusive para os hospitais particulares. Nos casos em que o possível doador esteja internado em hospitais particulares, após a autorização da doação pela família, a responsabilidade sobre o pagamento dos serviços de saúde é voltado para o SUS, sem ônus para a família ou operadora de saúde.