Cumprir o calendário de vacinas é essencial para a prevenção de doenças
A falta de informação adequada sobre o papel fundamental que a imunização contra doenças desempenha na saúde individual e coletiva de uma população ainda faz com que muitas daquelas que poderiam ser evitadas por meio de vacinas ainda ocorram com grande frequência.
“A imunização ainda é um tabu e muitas doenças imunopreveníveis, aquelas passíveis de vacinação, continuam contagiando pessoas quando já poderiam ter sido erradicadas, a exemplo do sarampo, da caxumba e da catapora”, afirma o infectologista e chefe da Comissão de Controle de Infecções Vinculadas à Saúde do Santa Lúcia, Werciley Júnior.
Entre as mais importantes vacinas obrigatórias ao longo da vida estão as que previvem doenças como hepatites A e B, rotavírus, tríplice bacteriana, influenza, poliomielite, meningite, pneumonia, HPV, herpes e dengue.
“No site da Sociedade Brasileira de Imunizações é possível conhecer tudo sobre o assunto, além do calendário de imunizações por faixa etária, por exemplo”, informa o médico. “Cumprir esse calendário e respeitar os ciclos de cada vacina é essencial para ser, de fato, imunizado”, acrescenta.
CUIDADOS NECESSÁRIOS – Como algumas vacinas são produzidas com vírus atenuados, ou seja, com os agentes causadores da doença ainda vivos, é preciso estar atento à sua condição de saúde na hora de se vacinar. São exemplos desse tipo as doses contra dengue, febre amarela e herpes.
“Caso o indivíduo possua fatores de risco, como o uso de corticoides, ou esteja sendo submetido a tratamentos imunossupressores, como quimioterapia, é preciso cautela na hora de se vacinar para evitar que, em vez de induzir a proteção, a vacina acabe provocando a doença. Nestes casos, a imunização precisa ser feita sob orientação médica qualificada”, reforça Werciley Júnior.
Além disso, não é recomendado tomar de uma só vez mais de uma vacina produzida com vírus atenuado. “Já quando os vírus estão inativos, é possível aplicar até quatro doses de diferentes tipos por período, sendo necessário um intervalo de 10 dias para uma nova aplicação”, detalha.