Convívio social eleva qualidade de vida e melhora saúde mental e física
O convívio social traz muitas vantagens para a saúde mental e física dos indivíduos. O risco reduzido de depressão, demência e o alívio do estresse promovidos pela interação com outras pessoas melhora o estado de bem-estar e ajuda a prevenir doenças de modo geral, especialmente em pessoas com mais idade.
Quando mantemos uma conversa agradável, liberamos os chamados hormônios de felicidade (endorfina, dopamina, serotonina e ocitocina), assim como quando realizamos atividade física ou meditamos, o que eleva a qualidade do sono, ativa o sistema imunológico, auxilia no combate ao estresse, reduz a ansiedade e as chances de depressão, relaxa o organismo, alivia dores, potencializa a memória e diminui desenvolvimento de rugas e o risco de doenças cardíacas.
“Quanto maior a diversidade de convívio social, melhor para as pessoas – ter amigos no trabalho, na igreja, na academia, amigos dos cônjuges e tantas outras possibilidades – e melhor tende a ser a qualidade geral de vida. Para os idosos, que geralmente passam a maior parte do dia sozinhos, os horários de convívio social podem ser o diferencial entre o isolamento e a chegada de doenças ou uma boa qualidade de vida”, afirma a geriatra do Hospital Santa Lúcia, Priscilla Mussi.
A expectativa de vida do brasileiro é de 76 anos, segundo o IBGE, e há mais de 24 mil centenários no país, de acordo com dados do último Censo, de 2010. De acordo com a médica, a partir dos 60 anos as atividades em grupo costumam despertar mais interesse nos idosos. “Esse estímulo ajuda a minimizar os riscos de desenvolvimento de doenças neurodegenerativas na medida em que melhora os aspectos cognitivos, a memória e a atenção. Até mesmo fazer uma simples refeição acompanhado já é mais do que indicado”, ressalta.
Na hora de escolher uma atividade, vale buscar lugares preparados para idosos. “Tai chi chuan, aulas de dança e hidroginástica são ótimas possibilidades. Mas há coisas bem simples, como reunir os amigos em casa, criar grupos de interesse, como de oração, e marcar as reuniões familiares. Qualquer atividade que o idoso goste e se sinta confortável realizando pode ser benéfica”, finaliza.
