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22 de August de 2018

Conheça — e previna! — os efeitos da baixa umidade na sua saúde

Problemas respiratórios como rinite, sinusite, gripes e pneumonia são alguns dos principais apresentados durante períodos de baixa umidade, como normalmente são os meses de agosto e setembro no Distrito Federal. Uma das principais razões para isso é a permanência de partículas de poluição e poeira no ar, o que também costuma ocasionar irritações oculares, como olhos avermelhados, e da cavidade oral, como boca seca e rachaduras labiais.

Estes problemas podem gerar consequências desastrosas à saúde a partir do ressecamento das mucosas, o que causa inflamações e favorecer a produção de secreção, facilitando a colonização de bactérias e vírus no organismo.

“Costumamos dizer que os vírus pavimentam o caminho para as bactérias passarem, o que pode causar patologias como sinusite e pneumonia. Além disso, os olhos têm sua produção lacrimal insuficiente, o que eleva a predisposição a alergias e até conjuntivites. Boca e lábios ressecados ficam mais propícios à rachadura e a pele, quando seca, fica mais propensa a dermatites, escoriações e lesões”, explica o clínico geral e coordenador da Clínica Médica do Hospital Santa Lúcia, Marcos Pontes.

Nesta época, o corpo perde mais água que o necessário através da transpiração, fala e eliminação de fezes e urina. “A lubrificação dos olhos diminui, o nariz fica ressecado, obstruído e irritado e a pele, mais sensível a atritos. Além disso, os rins ficam sobrecarregados, pois tendem à retenção de líquido, e o coração é mais exigido, pois trabalha com menor volume de sangue”, acrescenta o médico.

O corpo, quando desidratado, cria um distúrbio hidroeletrolítico importante que provoca fraqueza generalizada, mal-estar, diminuição da força (astenia), apatia e até a perda dos sentidos (síncope). Outros sintomas incluem palidez, taquicardia, diminuição da quantidade de urina e até confusão mental.

Mas o que fazer? Hidratação é a palavra de ordem. Ingerir água durante todo o dia é muito importante. Apesar de essa ser a melhor fonte para um organismo hidratado, a escolha dos alimentos também é crucial. “Preferir sucos naturais, frutas e verduras frescas é fundamental, porque eles têm grande quantidade de vitaminas, sais minerais e água”, reforça Marcos Pontes.

Além disso, diminuir a exposição a ambientes com ar-condicionado para não inalar um ar ainda mais ressecado e usar umidificadores de ar em casa e no trabalho são recomendações dadas pelo médico.