Colesterol bom e ruim: o equilíbrio das taxas no organismo é imprescindível para evitar doenças do coração
O colesterol sempre foi tratado como vilão. Entretanto é um dos lipídeos essenciais para o bom funcionamento metabólico do corpo. Nosso organismo produz 70% dele, enquanto o restante é encontrado em alimentos de origem animal, ricos em gordura. Para se movimentar, o colesterol depende de uma proteína plasmática. Dependendo do tipo desta proteína a que se liga, o colesterol é classificado como bom ou ruim. O LDL-C (lipoproteína de baixa densidade), é chamado de “ruim”, pois quando se eleva no organismo incentiva o acúmulo de gorduras e formação de placas, aumentando o risco de infartos e AVC. Já o “bom”, ou HDL-C (lipoproteína de alta densidade), atua removendo o seu excesso.
Para Fausto Stauffer, cardiologista do Hospital Santa Lúcia, é preciso equilibrar as taxas, que devem ser mantidas nos níveis acima de 40 mg/dL para o HDL-C e abaixo de 130mg/dL para LDL-C. Esses níveis podem ser conquistados com dieta saudável, exercícios físicos, mas em alguns casos é necessário o uso de medicação. “A partir dos 20 anos de idade todos devem conhecer seu nível de colesterol; sendo indicada, em episódios selecionados, a verificação em crianças. Pessoas sedentárias e consumidoras de dieta rica em gorduras saturadas devem ficar atentas, pois a elevação das taxas é assintomática”, completa.
Enquanto alguns fatores de risco ampliam a produção de LDL-C no organismo, prejudicando as artérias com acúmulo de gordura, a prática de atividade física integrada a uma dieta saudável aumenta os níveis de HDL-C, prevenindo a formação de placas nos vasos sanguíneos. Histórico familiar, hipertensão, sedentarismo e uso de tabaco estão, juntamente com o LDL elevado, entre os principais fatores de risco para doença cardiovascular.