Cintilografia Óssea é Eficaz no Diagnóstico de Lesões Ocultas
A cintilografia óssea é um exame de imagem comum na Medicina Nuclear. Diferentemente dos exames radiológicos, em que o paciente recebe uma carga de radiação sobre a área a ser investigada, na cintilografia, uma pequena quantidade de material radioativo injetada no paciente permite a avaliação de todo o corpo. “O raio X analisa apenas a forma dos ossos. Já a cintilografia avalia a atividade celular, e esta é geralmente mais intensa onde há algum problema”, descreve o médico nuclear do Hospital Santa Lúcia, Marcelo Gomes.
A análise da atividade celular pode indicar, por exemplo, uma fratura que não foi percebida nos demais exames. “As fraturas por estresse — fissuras microscópicas geradas por esforço repetitivo — são muito comuns em atletas e podem passar despercebidas pelo raio X e pela ressonância magnética. Porém, são facilmente identificadas na cintilografia óssea”, explica. Neste caso, o único sintoma que indica a necessidade de exame mais aprofundado é a persistência da dor.
Outro exemplo é de pacientes que passam por cirurgias ortopédicas e sentem dores no pós-operatório. Para estas situações, a cintilografia pode confirmar se há uma infecção e avaliar a extensão da área acometida ou a eficácia do tratamento instituído. “O exame pode ser combinado com a ressonância ou a tomografia, por exemplo, que são mais eficazes na avaliação morfológica. Essa integração possibilita um diagnóstico mais preciso”, acrescenta o médico.
A cintilografia óssea é um método não invasivo e expõe os pacientes a um menor nível de radiação que os exames radiológicos convencionais. No Hospital Santa Lúcia tem sido utilizada em diversos casos, inclusive, na oncologia.