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28 de September de 2014

PACIENTES DE TRAUMA VOLTAM AO TRATAMENTO PARA CORRIGIR ARTROSE

Em pouco mais de dez anos, os profissionais de ortopedia e traumatologia assistiram a uma revolução tecnológica em sua área. A partir de 1995, pesquisadores dos principais centros do mundo intensificaram os estudos sobre a cicatrização das cartilagens e logo o conhecimento chegou às unidades de saúde e os pacientes sentiram o resultado. Atualmente, o raio X não é mais o principal meio de diagnóstico. A tomografia e o exame de ressonância magnética mudaram muito a maneira como as lesões são avaliadas e, principalmente, tratadas. 

 

“O avanço ajuda os novos pacientes, mas está funcionando também para recuperar traumas de daqueles tratados há anos”, explica o presidente da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia no DF e médico do Hospital Santa Lúcia, Julian Machado “O que era aceitável em termos de diagnóstico há 20 anos, agora não é mais. Hoje distinguimos melhor as lesões através dos exames de imagem, com detalhes que no passado não eram percebidos”.

 

Sem sinais aparentes no raio X, muitas lesões não eram tratadas corretamente, o que poderia originar um problema no futuro, como a artrose. “Veja o exemplo de um paciente que, hipoteticamente, tenha sofrido uma fratura em 1990, aos 20 anos de idade. Certamente, ele passou por raio x, imobilização e voltou a andar. Hoje, com 44 anos, ele pode estar enfrentando o resultado do trauma e da tecnologia da época”, reforça.

 

A artrose não tem cura e, segundo especialistas, o melhor a fazer é reduzir seus efeitos através do tratamento adequado, com uso de novas tecnologias que estão mudando a perspectiva de recuperação dos pacientes. Uma delas, já utilizada no Hospital, é a mosaicoplastia — que faz o preenchimento de pontos onde houve perda de cartilagem, principalmente no joelho e no tornozelo. Ainda em caráter experimental, os laboratórios trabalham no desenvolvimento do transplante de cartilagem e do uso de células-tronco do próprio paciente.