Controle do colesterol no sangue exige dieta saudável e exames periódicos
No Brasil, as doenças cardiovasculares afetam anualmente cerca de 17,1 milhões de pessoas e causam mais de 300 mil mortes. O alto nível de colesterol no sangue é um dos fatores que contribuem para o surgimento dessas doenças. Em níveis normais, essa gordura cumpre um papel essencial na fabricação de hormônios e no transporte de vitaminas no organismo, mas, em excesso, pode causar entupimento de artérias. “Além da obstrução do fluxo sanguíneo, as placas de gordura acumulada constituem um foco de inflamação crônica logo abaixo da membrana do interior da artéria, o que aumenta os riscos de infarto, acidente vascular cerebral e outras consequências”, explica o cardiologista Lázaro Miranda, do Hospital Santa Lúcia.
O colesterol total é composto por duas lipoproteínas. A de alta densidade (HDL) é conhecida como “colesterol bom” porque carrega a gordura das artérias para o fígado, onde é eliminada. A de baixa densidade (LDL) ou “colesterol ruim”, ao contrário, deposita a gordura nas artérias e tecidos. “Níveis altos de HDL e baixos de LDL são a combinação perfeita para proteger as artérias e diminuir o risco de doenças cardiovasculares”, acrescenta Lázaro Miranda.
O corpo humano necessita, em média, de 300 mg de colesterol por dia. Desse total, 70% são produzidos pelo organismo e 30% vêm da alimentação. “Daí a importância de manter uma dieta saudável, evitando frituras e alimentos gordurosos e priorizando fibras, frutas e peixes ricos em ômega 3, por exemplo”, ressalta o cardiologista. A idade, o tabagismo, fatores genéticos, diabetes e hipertensão também interferem nos níveis de colesterol no sangue, que deve ser controlado por meio de exames periódicos.