Embolia pulmonar é potencialmente grave, mas pode ser prevenida com medidas simples
A embolia – ou tromboembolismo – pulmonar é a obstrução da artéria pulmonar e de seus seguimentos por coágulos, geralmente formados nas veias das pernas, que migram até os pulmões pela circulação sanguínea. Se não for diagnosticada e tratada corretamente, ela pode provocar complicações graves e até morte. “Pessoas que já tiveram trombose ou problemas circulatórios e aquelas que têm histórico familiar dessas doenças estão mais propensas à embolia”, alerta o pneumologista Jefferson Fontinele, do Hospital Santa Lúcia.
O sintoma mais comum de tromboembolismo pulmonar é a falta de ar súbita, acompanhada ou não de dor torácica. “O diagnóstico pode ser difícil. Investigar a história clínica do paciente é fundamental para que o médico levante essa possibilidade”, ressalta o pneumologista. A confirmação do diagnóstico pode ser feita por exames como tomografia computadorizada ou cintilografia pulmonar. Segundo Fontinele, a maioria dos casos tem tratamento clínico com anticoagulantes. Em algumas situações, pode ser necessário procedimento cirúrgico, com a introdução de cateter e aplicação local de medicação para diluir o coágulo. “A cirurgia aberta, atualmente, é exceção”, afirma.
Viagens em que a pessoa permanece sentada por tempo demorado, tabagismo, uso de anticoncepcionais e cirurgias prolongadas aumentam o risco de tromboembolismo pulmonar. “A ocorrência de complicações depende do tamanho do coágulo, da extensão afetada, da idade do paciente e da existência de outras doenças, como câncer e insuficiência cardíaca e renal”, explica o pneumologista. Movimentar-se e alongar o corpo em viagens é um cuidado simples para prevenir a embolia, além de evitar o tabagismo e praticar exercícios físicos regularmente. A ingestão de medicamentos preventivos por pacientes de alto risco depende de avaliação médica.