Cerca de 5 milhões de brasileiros sofrem de hérnia de disco
A hérnia de disco é uma das doenças que mais afligem o homem moderno. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 5,4 milhões de brasileiros sofrem do mal, que ocorre quando há o desgaste dos discos intervertebrais — estruturas em forma de anel compostas por cartilagem, que se localizam entre as vértebras e cuja função é evitar o atrito existente entre elas, além de amortecer o impacto no local — e parte deles sai da posição normal, comprimindo os nervos da coluna. As causas mais frequentes são genética, envelhecimento e tabagismo. Pablo Godinho, ortopedista do Hospital Santa Lúcia, alerta que a doença pode ser assintomática ou provocar dores incapacitantes, principalmente na região lombar e cervical.“A hérnia pode causar dor lombar — região mais afetada —, dor na cervical ou até no tórax, alteração de sensibilidade, dificuldade para caminhar e, em casos graves, perda de controle na defecação e micção”, observa.
Geralmente a ocorrência de dor é passageira e o diagnóstico é feito a partir da avaliação dos sintomas e exames de imagem como RX, ressonância e tomografia. O tratamento é medicamentoso, associado à exercícios e fisioterapia. Para os pacientes que têm dor permanente e em níveis que limitam sua qualidade de vida, a recomendação é o tratamento cirúrgico minimamente invasivo. Mas o especialista adverte que nenhuma cirurgia é capaz de recompor a coluna afetada, o ideal é prevenir o problema adotando uma rotina saudável, com exercícios físicos leves e orientados e, principalmente, evitar bebidas alcoólicas, tabaco e esforços repetitivos. “Como a maior parte das hérnias de disco decorre pela degeneração discal prévia causada por herança genética, estamos estudando o uso de células tronco para inibir essa situação”, finaliza Godinho.