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17 de November de 2013

Por uma assistência mais segura

Flávia Packer, diretora de Práticas Assistenciais, comenta as ferramentas de monitoramento utilizadas no Santa Lúcia para promoção de uma maior segurança ao paciente

 

A segurança do paciente vem se tornando uma das principais preocupações das instituições de saúde no país e no mundo. Dados da Fiocruz/RJ indicam que 10% da população atendida nas unidades de saúde brasileiras correm risco de falha na aplicação dos procedimentos assistenciais. Atento ao cenário, o Santa Lúcia adotou o tema segurança do paciente como meta estratégica de sua gestão em 2013, implantando uma metodologia de trabalho através de ferramentas que permitem identificar antecipadamente riscos relacionados à assistência e realizar medidas preventivas para minimizar possíveis danos ao paciente.

 

 

A principal forma de proporcionar segurança é através do monitoramento do paciente, desde sua entrada até a alta da instituição. “O papel do controle na decisão clínica é acompanhar padrões vitais durante a internação nas unidades assistenciais e reconhecer precocemente um possível agravamento no quadro clínico, permitindo mais agilidade aos profissionais da equipe multidisciplinar (médicos e enfermeiros) no redirecionamento da conduta terapêutica”, informa Flávia Packer, diretora de Práticas Assistências do Grupo Santa. A ação rápida e eficaz previne ainda internações desnecessárias nas unidades de terapia intensiva.

 

 

Para o monitoramento das condições seguras, a instituição adotou a metodologia Lean, filosofia de gestão inspirada nas práticas e resultados do Sistema Toyota de Produção, que determina o paciente como centro, desenvolvendo os gestores e as estruturas de processos, o que torna o cuidado mais eficiente e seguro. Com isso, há um maior dinamismo na execução dos trabalhos e agilidade nos processos que interagem com ele, além da otimização de recursos.

 

 

As ferramentas de monitoração, partes da metodologia, foram adotadas há um ano e meio no Santa Lúcia e aplicadas em todo o Hospital. A meta é proporcionar à equipe multidisciplinar uma identificação precoce das alterações vitais do paciente, evitando complicações de seu quadro de saúde durante a internação. Elas estão aplicadas à Emergência Adulto e Infantil, para Triagem e Observação (TEWS), na Unidade de Internação, para o perfil do paciente clínico e cirúrgico (MEWS), e nas Unidades de Internação Pediátrica (PEWS) e Obstétrica (MEOWS), essa última iniciada há seis meses.

 

 

Para a implantação com sucesso destas novas metodologias de trabalho, o Hospital capacitou as equipes médica e de enfermagem. Packer reitera que o treinamento, assim como sua implantação, passa pelo desafio da mudança de postura e pelo trabalho integrado dos profissionais, o que permite maior adesão ao projeto. “Contamos com o envolvimento das equipes, pois esta ferramenta exige uma atuação precoce do profissional na intervenção clínica. Os técnicos de enfermagem continuam com suas rotinas de aferição dos dados vitais e os enfermeiros concluem os cálculos da ferramenta, seja para solicitação do médico ou um aumento na frequência de monitoração destes pacientes”, finaliza.