Dia Mundial Sem Tabaco busca conscientizar 300 mil fumantes em Brasília
Especialistas fazem alerta para as doenças relacionadas ao tabagismo, neste 31 de maio
Dados da Secretaria de Saúde do Distrito Federal apontam que os gastos com
doenças decorrentes do uso do tabaco chegam a custar aos cofres públicos R$
18 milhões por mês. Atualmente, existem no DF cerca de 300 mil fumantes,
aproximadamente 12% da população local. No Dia Mundial Sem Tabaco,
celebrado todo 31 de maio, médicos e especialistas alertam para importância
de prevenir e combater este mal.
De acordo com informações da Coordenação de Tabagismo da Secretaria de
Saúde do Distrito Federal, as doenças mais frequentes causadas pelo tabaco
são: enfisema pulmonar, câncer de pulmão, bronquite, acidentes vasculares,
doenças periodontais e câncer bucal. O tabagismo é a principal causa de morte
evitável no mundo e cerca de cinco milhões de pessoas morrem por ano devido
ao uso do tabaco, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS).
“As campanhas do dia 31 de maio são importantes para que toda sociedade
possa reivindicar o seu direito à saúde e à vida saudável, além de proteger as
gerações presentes e futuras. Muitos não sabem, mas um dos componentes do
cigarro, o alcatrão é composto de 40 substâncias comprovadamente
cancerígenas, formado a partir da combustão dos derivados do tabaco. Entre
elas substâncias radioativas, acetona, naftalina e substâncias para veneno de
rato”, afirma a pneumologista, Dra Séfora Almeida.
Dependência- A nicotina é considerada pela OMS uma droga psicoativa que
causa dependência, ela age no sistema nervoso central como a cocaína, com
uma diferença, chega em torno de nove segundos ao cérebro. Por isso, o
tabagismo é classificado como doença estando inserido no Código
Internacional de Doenças (CID-10) no grupo de transtornos mentais e de
comportamento.
Segundo dados do Ministério da Saúde, o DF é a segunda unidade da
federação com o menor percentual de fumantes (12%), atrás apenas de
Sergipe (13%). O Acre é o estado com mais fumantes, 22,1% da população. A
média nacional é de 17,2%. Um número que ainda é considerado alto, de
acordo com a Dra Séfora. “Além das campanhas voltadas para os fumantes
para que deixem o tabaco, é preciso prevenir os jovens”, observa.