Conheça a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica – DPOC

Você já ouviu falar na sigla DPOC? Ela representa a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica, uma enfermidade pulmonar que dificulta a capacidade de respiração. A explicação pode parecer simples, mas trata-se de uma doença séria, que não tem cura e que se agrava com o tempo, principalmente na falta de acompanhamento médico.

De acordo com o Dr. William Schwartz, pneumologista da Clínica do Tórax no Hospital Santa Lúcia Sul, nas pessoas com esta doença ocorre um estreitamento das vias aéreas. “Ou seja, o trajeto que permite a entrada do ar nos pulmões fica mais estreito e danificado, ocasionando alguns problemas”, completa o especialista.

Em geral, a maioria das pessoas com DPOC não apresenta sintomas. À medida que o quadro evolui, contudo, alguns sinais podem aparecer, como falta de ar, especialmente ao fazer esforço físico (desde um simples caminhar até pentear cabelo, em casos mais graves); respiração com chiado (barulho de assobio quando respira); e tosse com muco (com eliminação de catarro).

A principal causa para desenvolver a DPOC é a exposição à queima de biomassa ou gases/vapores tóxicos, mas a genética também é relacionada a um pequeno número de pessoas com a doença. “Atualmente, a causa mais comum é o tabagismo, já que a fumaça pode danificar os pulmões para sempre”, completa o Dr. Schwartz

O diagnóstico é feito com um exame chamado espirometria. Para uma análise mais detalhada, o especialista pode pedir outros testes atrelados a ele, como exames de imagem (radiografia de tórax ou tomografia); exame computadorizado do tórax de baixa dosagem de radiação; avaliação com eletrocardiograma e exame de sangue.

Um acompanhamento médico especializado é de suma importância para os pacientes com a enfermidade, já que pessoas acometidas com DPOC têm maior risco de apresentar infecções, como pneumonia, problemas cardíacos e até desenvolver câncer de pulmão. O tratamento pode ser feito por quatro vias principais:

1. Medicamentos: existem muitos remédios indicados para tratar a DPOC. Os mais comuns são inaladores, que ajudam a abrir ou diminuir a inflamação nas vias aéreas;
2. Oxigênio: se a doença piorar, pode ser necessário o uso contínuo de oxigênio, indicado após a observação de um especialista;
3. Reabilitação pulmonar: com a reabilitação, o paciente aprende exercícios de respiração que ajudam a aliviar os sintomas da doença;
4. Cirurgias e válvulas endobrônquicas: em casos extremos, geralmente em pessoas com enfisema pulmonar e, consequentemente, DPOC grave, pode haver a necessidade de cirurgia. A operação remove as partes mais danificadas do pulmão e pode reduzir os sintomas. Em outros casos, igualmente raros, os médicos colocam pequenas “válvulas endobrônquicas” nas vias aéreas danificadas, que podem ajudar as partes saudáveis dos pulmões a funcionarem melhor.

A mudança no estilo de vida também está ligada ao quadro de melhora do DPOC. Para uma boa recuperação, o Dr. William Schwartz deixa três dicas:

1. Pare de fumar! Se você fuma, esta é a coisa mais importante que você pode fazer pela sua DPOC, independentemente do tempo ou da quantidade de cigarros diários;
2. Tome a vacina contra a gripe todo outono e a vacina contra a pneumonia pelo menos uma vez ao ano. Infecções como gripe e pneumonia podem ser muito duras para os pulmões. É importante tentar evitá-las;
3. Procure um pneumologista para iniciar um acompanhamento sério e cuidadoso.

Para marcar uma avaliação especializada, acesse www.santalucia.com.br, ligue (61) 3445-0000 ou baixe o APP Santa Lúcia.

Com referências: UpToDate