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26 de November de 2019

Consulta pré-anestésica aumenta segurança de procedimentos cirúrgicos

Salvo em casos de urgência e emergência, ninguém deve ser submetido a um procedimento cirúrgico sem antes ser avaliado por um médico anestesiologista para saber sobre a realização ou não do ato anestésico. Essa consulta é essencial para a segurança do paciente e deve ser realizada antes de qualquer cirurgia eletiva (programada).

“Todas as instituições certificadoras de qualidade hospitalar já entenderam que uma consulta pré-anestésica bem realizada auxilia na redução dos riscos relacionados a procedimentos cirúrgicos, além de proporcionar bem-estar e tranquilizar os pacientes que frequentemente costumam afirmar que só têm ‘medo da anestesia'”, afirma o médico anestesiologista do Hospital Santa Lúcia, Rodrigo Aires.

Durante a consulta, o profissional faz uma revisão dos exames do paciente – incluindo os cardiológicos, caso o cirurgião tenha solicitado –, pergunta sobre eventuais alergias medicamentosas, verifica se doenças como hipertensão e diabetes estão bem controladas, se existentes, e orienta sobre a necessidade fundamental de fazer o jejum adequado.

“Também cabe a ele explicar como deve ser feita a anestesia apropriada para o caso, esclarecendo dúvidas e angústias dos pacientes. Além disso, o profissional deve examinar as vias aéreas do paciente (garganta e pescoço) para prever possíveis dificuldades para intubar a pessoa, em casos de anestesia geral”, reforça o especialista.

É POSSÍVEL TESTAR A ANESTESIA? – Segundo Rodrigo Aires, infelizmente ainda não. Mas isso não deve ser motivo de preocupação extra porque, de maneira geral, o anestesista pode verificar a existência de contraindicações a alguma técnica ou medicação para que não sejam utilizadas no dia da cirurgia.

“Ademais, as medicações utilizadas são extremamente seguras e, por estarem no mercado há muitos anos, as possíveis reações a elas são vastamente conhecidas. O anestesista também dispõe, literalmente ao seu lado, de todas as medicações e equipamentos necessários ao tratamento de quaisquer eventos adversos de medicações, desde as mais simples até as mais graves”, reforça o médico.

Ele faz também um alerta. “É muito importante que o paciente seja honesto com seu anestesiologista, informando todas as medicações ou substâncias que porventura utilize, já que podem haver interações medicamentosas que causem reações inesperadas ou até graves durante a cirurgia”, finaliza.