Aprender sempre é a melhor maneira de manter o cérebro em forma
Falar, andar, praticar um esporte, dirigir. As coisas que você já aprendeu e ainda é capaz de aprender são inúmeras, certo? Isso acontece graças à chamada plasticidade cerebral, que é a capacidade que o cérebro tem de se reorganizar, criar ou mudar as conexões entre os neurônios para recuperar funções após uma lesão como o AVC e aprender novas coisas, como um esporte ou um novo idioma.
“A plasticidade cerebral é fascinante. Por meio dela, somos capazes de nos adaptar ao ambiente em que vivemos e lidar com novos desafios, sejam eles no trabalho ou em família, desenvolvendo nossas habilidades sociais, mentais ou físicas. Assim como aumentamos a massa muscular quando vamos à academia, o cérebro também possui a capacidade de melhorar suas conexões e funções quando exercitado”, explica o neurocirurgião do Hospital Santa Lúcia Sul, Ivan Ferreira.
Mas como manter o cérebro em forma? Dormir bem é fundamental. “Durante o sono, o nosso cérebro continua ativo, como se estivesse revendo o que fizemos durante o dia. Isso melhora as conexões entre nossos neurônios e ajuda a consolidar nossas memórias”, ressalta o médico.
De acordo com ele, a prática de exercícios físicos está associada ao aumento no número de novos neurônios e de áreas importantes do cérebro, como o hipocampo. Exercitar o cérebro com novos desafios também é fundamental. Um bom exemplo é começar a tocar um instrumento musical. “O importante é nunca parar de aprender”, reforça o especialista.
Por outro lado, maus hábitos como dormir pouco ou mal podem prejudicar o desenvolvimento e desempenho cerebrais, assim como o uso de drogas, álcool e o estresse. Todos esses fatores atrapalham essa performance ao reduzir as conexões neuronais, levando à atrofia cerebral.
QUANDO PROCURAR UM ESPECIALISTA – A visita ao neurologista é necessária em caso de sintomas como dores de cabeça, tonturas, tremores, crises convulsivas, dificuldade para mexer um dos lados do corpo, alteração na capacidade para caminhar, dormências e alterações da memória e do sono.
“Queixas isoladas não costumam ter maior importância. O que deve preocupar são as aquelas que não apresentam melhora ou têm piora progressiva na frequência ou intensidade”, diferencia o neurocirurgião Ivan Ferreira.
Para isso, o Santa Lúcia possui equipe completa de Neurologia e Neurocirurgia, incluindo especialistas em todas as subespecialidades, diversos aparelhos de tomografia, ressonância e hemodinâmica 24 horas, além de polissonografia, eletroencefalograma, eletroneuromiografia e outros aparelhos necessários para a investigação neurológica. “Contamos ainda com a maior e melhor unidade de tratamento de AVC do Distrito Federal e uma das maiores do país”, finaliza.